segunda-feira, maio 30, 2011

Na luz somos um!

In Memorian (NANDA)




Sorrir. Como se fosse o último dia. Ou o recomeço do fim.
Pois ser feliz é estar em paz em si mesmo.
É sentir saudade.
É mostrar-se, não esconder-se.
É viver e reviver.
Não só na carne, mas na lembrança.
Do que ainda não foi, e que não apaga.
É a falta com a presença.
É o sentir sem ver.
É lembrar e nunca esquecer.
É trazer de volta com alegria.
É relembrar sem tristeza.
Sem rancor, sem ironia.
É citar a nostalgia em verso.
É a poesia sem melancolia.
É o desconcerto do erro
É o advir do carinho.
É de todos nós.
Em vida, em passagem, em eternidade
Onde o espiritual é maior que o físico, é menor que a falta e igual ao amor.

quarta-feira, março 03, 2010

Promessas

Não quero prometer nada.
De todas as promessas vamos prometer cumprir apenas uma: SORRIR MAIS :)
Porque um belo sorriso atrai olhares,
Cativa as pessoas, fortalece laços,
Abre portas.
Um sorriso nos motiva a continuar,
É a mais bela expressão da alma.
Um sorriso é vida.
Sorriremos mais, não a ponto de parecermos bobocas,
mas para parecermos felizes aos olhos dos outros.
Que também ficarão felizes, pois um sorriso verdadeiro contagia.
Sorriremos apenas para o que temos prazer.
Forçaremos menos sorrisos neste novo ano.
Vamos prometer ficar menos tristes.
Vamos dizer mais "bom dia" ao dia.
Sejamos mais tolerantes.
E tudo isso irá amadurecer depois que você usar mais essa poderosa arma que todos temos: o sorriso.
Sorria agora, pois você está vivo para ver mais um novo ano chegando.
Sorria para a vida, ela vai sorrir pra você.

Kleber Baugatner

domingo, janeiro 10, 2010

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra frente vai ser diferente.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, dezembro 20, 2009

a,liás

Cada dia vejo uma história contada por um aluno, amigo ou colega de trabalho
De aparecer alguém que mexe, desconserta e depois perdura
Como também some
E é bom que seja sumido!

Como é difícil viver na ditadura do pré-julgado amor
É aquele que pode “condenar” o coração a ser mexido quando não se deve
Ah aqueles olhos penetrantes!
Que só foram vistos em uma minúcia de minutos, mas flutuam na mente que tenta desconstruir a inesperada lembrança
Mas vão dizer que aquele rapaz é um pervertido que subestima a sua e a outra dama
Mas o homem tem dessas coisas
Acontece, deságua e até vira esfinge
Ou desengano, desarmonia, destrato
Naquele acervo das leituras e imaginações é difícil o detalhe do rosto
É tanta oportunidade de se descuidar, deslembrar, ignorar

Aliás, eu mesmo pré-julgo esses chiliques amorosos, é nada de fundamental
Aliás, deslembre o fundamental nada é essencial na vida
Aliás, olvide o essencial porque tudo depende do momento
Aliás, perca o momento o que importa são os detalhes
Aliás, esqueça os detalhes dessa declamação

Não é para ser entendido, nem pré-apreciado ou julgado
Pode até ser lido e refletido, como um jogo de palavras.
Porque no fundo todo ser humano é covarde
Fraco em suas atitudes não expostas e mensagens subliminares
Que se atrasam em cada adjetivo
Que em cada vocábulo o que predomina é a dúvida
Pobre do Homem declarante
Não é melhor misturar tudo isso e chegar a um sujeito?

quarta-feira, novembro 18, 2009

É. Esperar faz mal ao coração. Quem não sabe disso? É que nem fritura. Também faz mal ao coração. Mas, sabe o que faz bem ao coração? Falar sobre ele. Sobretudo quando se fala de um jeito tão lindo, tão lindo, que a beleza do mundo fica lá, explícita, jogada na nossa cara. O coração é um músculo feio. Eu acho ele feio... cheio de tubos saindo, tubos entrando, depende do seu referencial... e tem sangue demais... argh! Mais então a gente tinha de deixar ele mais bonitinho para efeito de representação e ai, tem aqueles bem rechonchudinhos, com dois lados simetricamente postos e um brilhinho no cantinho direito superior! Acho que era assim que eu os desenhava nos amores juvenis... todo esse falseamento porque a esse órgão que nos mantém de pé é atribuído um sentimento que precisava de um símbolo a altura de sua importância, o amor. Ele que pode também nos manter de pé, mas ai quando isso acontece, se ele acaba a gente cai. Então, haveria gente que acharia mais seguro amar sentado. Mas o amor não combina com tanta mansidão. Então, melhor não amar, não é? Mas ai fica tudo cinza... você gosta de cinza? Hum... acho que não combina com alegria. E amor é pra ser alegre. E a vida também. E uma vida alegre precisa de amor. Precisa? Precisa sim! E não me venha dizer que basta amar a mãe não... não... isso preenche, mas não enche. E a gente tem de ficar inflado de amar! Sabe aquela história de almas gêmeas? Eu não acredito nela. Mas deve ter as almas amantes. Elas devem se amar longamente pelo infinito dos tempos, como nos romances astrais de Raul. Tinha uma mulher de azul na rua esquerda que acreditava. Eu acho que ela amava e que amar doía nela às vezes, mas é assim mesmo. Amar por vezes dói. Mas quem ama não tá nem ai pra dor e nem se preocupa se doeu um amor um dia, todo mundo vai quase sempre amar de novo. Quase, porque tem casos em que a dor foi tanta que paralisou o coração. Mas ainda bem que isso não acontece toda vez, pois assim, pode-se amar e amar e amar até amar pra sempre! É. Eu acredito em amor pra sempre. É que nem E.T., tanta gente disse que viu que deve mesmo ter. A vizinha de cima da rua esquerda tentou, tentou, mas um dia ela viu que não era para sempre e mandou o Mário embora. Parecia estar doendo, tadinha... E quem ama diferente? Tem amor que acontece e que a gente nem sabia que podia acontecer, uns amores que parecem estranhos, inviáveis... e alguns vem com sentimentos estranhos feito o ciúme que lança suas flechas pretas, como dizia Caetano. Tem gente que acha que ciúme faz parte do amor. Eu não sei o que eu acho. Só sei que tem gente que ama assim. Lá na rua tinha uma garota que amou um peixinho dourado, mas ele quis o mar e no mar conheceu uma baleia... Ah! Amor a primeira vista! O peixinho fugiu com a baleia e deixou a menina que mentia sobre o mar, sozinha. Ela mentia de ciúmes do mar. Ciúme é medo. E medo não é bom. E ela ficou só e quando uma pessoa fica assim, sozinha com o seu amor, com o amor sozinho no coração... isso faz mal ao coração. Ela pode passar a vida toda sem alegria por amar demais! Por amar sozinha! Que tristeza... mas e o Heitor? Parecia que ele amava tranqüilo, sem se preocupar se o amor ia acabar. Ele quase ficou só com o amor dele também, mas ela o amava tanto que não se foi. Ela, a esposa dele, mulher bonita de vestido azul e sapatos brancos. Nossa! Agora que percebi que talvez vocês não conheçam essa tal rua esquerda, nem o peixinho dourado, nem o Ataulfo, o gato (eu falei pra vocês do gato?). Enfim, foi uma história que eu ouvi. Um amigo, o Marcelo, me contou. Eu ouvi sábado passado, foi até um dia em que estava pensando no amor... acho que um monte de gente ouviu também, porque ele contou num teatro. E ele falou com tanto carinho dos diferentes amores dessa rua que quase, mas por um pouquinho, me fez chorar. Porque ele contou uma história que parece com um monte de histórias que ouvi, que vi e que vivi. E as histórias quando são contadas com esse órgão tão feio, o coração, parecem que ficam mais bonitas e chegam tão perto da gente que eu até poderia gritar que são minhas. Mas, Marcelo pode gritar, com propriedade: “O coração é MEU, quem contou as histórias fui eu”. Amar pode fazer mal se você não souber amar direito, mas ouvir sobre o amor contado com o lado bonito do coração faz um bem danado!

sexta-feira, novembro 13, 2009

O menino chorava no Derby

A quietude me constrange e agonia. Passei dia desses por um menino que chorava copiosamente na Praça do Derby... Alguém viu? Não sei. Eu vi e me constrangeu. Não o menino, mas a quietude de tudo à sua volta. Ninguém percebia. Cada um com seus problemas maiores... Talvez nem seja isso, seja invisível o menino, qual herói de gibi. Mas, faz tempo esse menino, porque falar do danado do menino hoje? Ah! Lembrei dele... Tava lembrando-se de choro. Uma amiga disse que “Viu que a vida é bela e parou de chorar”... coitado, o menino nem viu. Não deu tempo, acho. Não deve ter sido falta de querer... minha vizinha chora muito, acho que ela não quer... ver. Porque ele chorava? Ele tinha dinheiro na mão. Bem apertado, quase virando sua carne. As lágrimas caiam lavando o rostinho sujo... serviu pra limpá-lo um pouco. Agente chora tanto e não vê que os outros choram pior, né? O ônibus ficou parado tempo suficiente para eu ver cada lágrima escorrer lentamente... e os gritos mudos? Ele gritava mudo. Sabe quando agente chora, chora e o choro não tem mais voz? Era assim. Ele tinha uns 12 anos... talvez mais, só que os maus tratos poderiam estar omitindo o tempo. E o maldito ônibus que não saia do lugar! Inferno! Não ia descer e perguntar por que diabos o menino chorava! Oras! Atrasada... e não ia resolver nada mesmo... era até capaz de ele me roubar! Sim, deve ter sido briga de gangue... esses trombadinhas dos infernos e eu aqui sentindo peninha. Ah! Mas ele é um humano como eu! Merda! Não adianta, vou passar o dia mal com isso... maldito cristianismo! Que mané ele é meu irmão?! Eu nem sei bem do meu pai, quanto mais do dele e do dele com o meu então, lascou! Não, eu não tenho responsabilidade com isso, não vou descer e dar uma de “Madre Teresa”... ridículo. Tão boazinha eu! Briguenta, egoísta... nem vou começar com os meus defeitos, já dá outra história. Um romance, talvez. Um romance triste e sem romantismo. É que quando agente acredita em coisas externas superiores carregamos essa sensação de culpa por não estar fazendo algo supostamente “necessário”. Nem adianta dar uma de bonzinho, é puro egoísmo fanático! Carma positivo! Preciso acumular carma positivo! E olhe que nem sou budista! Mas minha curiosidade humana e vil não pode negar que precisava se satisfazer em saber o que se passou, e a vaidade ficou muito tentada a ajudá-lo. Isso tudo sou eu. E agora lembrei isso tudo. Mais um invisível na sarjeta sem história para mim, mas não invisível para mim... Sabe de uma coisa? Acho que vou ceder a minha vaidade egoísta, meus anseios espirituais, egoístas, minha curiosidade, egoísta e levantar a bunda pra tentar ajudar da próxima vez... vai ver assim não preciso ficar lembrando essas coisas na sexta a noite... que saco!
E o menino?

sábado, agosto 22, 2009

Dor e amor

Dizer que não invejo a tempestade que te pega de assalto na rua?
Não posso.
E o vento bom que te refresca a pele?
Tão pouco.
Mas é que o tempo me levou essa história e não me deixou nenhum rascunho
Nenhum, nem um papel velho escrito “Eu te amo”
De ti só ficaram as marcas, feitas com dor e amor
E um tanto de inveja dos que ainda podem te tocar e sentir um afago
Ainda que dado sem nenhum retorno.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Ilusão Hermaníaca

“... Quem sabe quando o vento vai trazer de volta o seu pudor?
Igual àquela flor do verão que você me deixou
Será que vou me tornar de novo o vencedor?
Como no frevo dançado de um pierrot
Ou num samba a dois criado por um certo compositor
Parecendo uma canção de fim de carnaval que de ti fez-se mar
Mas, falando sério,
onde vou arranjar calma para ir te buscar?

Depois de tantas lágrimas sofridas sem ter você
E depois das primaveras me vejo como mais velho
Lembrando dos tempos que era mais moço,
desvendando teus mistérios
Mas além do que se vê ainda não foi embora esse chato querer

Acho que o pouco que sobrou dos últimos romances
Me condicionaram a te desejar só em horizontes distantes
E agora me acovardo como um cara estranho e sentimental
Deixando do lado de dentro o meu amor por você, imoral

Tenha dó, agora que és de lágrima o meu ser
Meu coração não agüenta se sentir tão sozinho,
não quer mais sofrer
Esse azedume que ficou no meu peito
Pois é morena, não quero mais ter
Ele prefere dar adeus a você
Quer virar um cara valente para ter outro alguém
Não quer fingi na hora rir e ter liberdade de seguir

Ta bom, assim que é então assim será
Vai embora esse sentimento,
me deixa arranjar um outro par
Que chegue em barco, por um pássaro,
Ou santa chuva trazida de qualquer lugar

Essa conversa já está batida
E nenhuma outra apareceu em minha vida
Esses meus andares, não sei mais aonde chegar
Não tem nenhuma descoberta, nenhum outro lugar
Quer saber? Cansei, deixa estar...”

sexta-feira, agosto 07, 2009

Amor é síntese

Amor é síntese
Por favor não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise profunda
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeito amor.

Mário Quintana

segunda-feira, julho 27, 2009

papo em bar

- Ei passa o copo
- acho que ta na hora de irmos
-que nada eu quero pegar aquela mulher
-ela tem namorado parceiro, esquece isso
- eu sempre quero as mais difíceis, é mais excitante
- você sempre complica as coisas, olha aquela ali é mais gata, olha que peitos lindos
- eu só quero saber dela, para de me enrolar
- um dia você vai se da mal
- eu já me dei mal
-que nada, rs. ta bom conta ai
- no dia em que gostei de alguém que me traiu com qualquer um
- ah, que nada, nós somos qualquer um para aquela ali dos peitos gostosos, vamo nessa!!!
- prefiro pegar ela e pagar de gatão... tu prefere sofrer por aquela solteira cheia de ilusões ou aquela que tu sabe que nunca vai te amar?